segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sob uma rede ininterrupta de caos.
Vemos a vida passar rude, blasfêma
E continuamos a tentar,
Nada quer nos detenha,
Não nos parará.
Um segundo, uma hesitação;
Palavras. Hesitação. Silêncio.
Verá que agora nos restou viver
Tentar esconder o sorriso não basta.
Vamos mostrá-lo. A todos. A ninguém.
Você sabe.
Joguei os dados na mesa. Decidimos aqui.
Olhos ao redor.
É o que eu quero. Aposto tudo em um segundo.
Verá.
O dado corre, o pano verde ao fundo.
Parou, venci. Por um segundo,
Justifiquei a perda, E virei.
Dinheiro no bolso.
Não se trata aqui.

Viverei. Com o lance dos dados nos olhos
E uma certeza em mente.
Arrisquei. Venci.

Viverei.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Um Canto para Caronte.

Como pude julgar saber que realmente sabia e estava pronto? Não sabia!

Posso ver as coisas sob um aspecto diferente
Você sabe. Não foge. Não tenta escapar.
É o que eu quero custe o que custar
Doa a quem doer!
Vai me impedir em algum momento?
Essas palavras vão latejar em meus ouvidos
Mas não vou deixar de viver por isso.
Hipocrisia não me convém e nunca me bastou.
Veja, conviva e sinta suas palavras a vida toda
Você vai sentir e quando isso acontecer, doerá
E remoerá dentro do peito.
Cara no chão, boca nas cinzas.
Essa é a verdade meu bem
E dói um bucado entendê-las não é mesmo?
Como marcas, elas ficarão (palavras)
Tatuagem sob seus olhos
Marcas de uma obcessão.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Procurando um bom título (mas que não seja repetitivo demais)

Aquela noite eu andava pela rua, sozinho, pensando na vida, quando senti aquela porcaria de telefone vibrar no meu bolso. Olhei o identificador de chamadas, ela. A última pessoa que eu queria falar e a única que eu tinha certeza que ligaria.
Alô.
O quê você quer? Seco.
Dizer que nunca importou, nunca valeu nada esperar. Senti o maldito gelo pelo bocal.
Acendi um cigarro. Ninguém na rua.
Você nunca se importou, nunca ligou pra nada, pra mim.
Foda-se.
É sempre assim, usa usa usa usa usa, joga no lixo.
Estômago revirou. Desliguei.
Maldita, sempre joga palavras ao vento e espera que eu colha todas a sua volta.
Rua. Vazia. Dor de estômago. Cigarro aceso.
Chego em casa. Portão. Porta. Sala. Sofá. Sono. Levanto. Banho. Cigarro. Cerveja. Deito.
Maldita. A culpa SEMPRE foi sua.
Injusto? Tá, foi minha também.
Não vou morrer por você. Só vou morrer por mim.
Uma noite. Enfim.
Não dormi.
Não vou falar as coisas que me deixam com o sangue preso na garganta. Não, não vou morrer.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O silêncio. Realmente me confunde.








ai, o silêncio é uma cobertura para as palavras. Ele cobre seus significados e sua importância. Não que ele não seja bom, as vezes é sim, mas nem sempre. Durante essas semanas eu tentei entender o porque de ficar assim em silêncio, mas só o que me veio na cabeça foi a incapacidade de silêncio de algumas pessoas, que insistem em abrir a boca só pra falar coisas inúteis, fúteis e descartáveis. Ai o silêncio funciona.

Ainda não entendo e acho que nem vou fazer muita questão.
Só espero poder falar, alta e claramente o que me vem à mente nesse momento.