sexta-feira, 30 de abril de 2010



Entre indas e vindas,
de um beco sem saída,
formado por cimento e silêncio,
concreto e inquebrável.
Entre os gritos mudos,
alheios a todo o barulho do mundo.
Infinito e impagável em sua multidão anônima.
Você vem e vai, vai e vem.
Nunca para nem nunca fica.
Quem sabe tente fugir, quem sabe quando vai voltar.
Quem vai estar aqui pra sorrir por você.
Porque o espaço aberto, vagamente se fecha,
ao olhar para trás e pensar que se escapou.

domingo, 11 de abril de 2010

Pra me excluir desse mundo, para me sentir real sem ao menos estar no ar. Para que seja tão substancial quanto psíquico. De todos os sentimentos, nenhum se compara e nenhum chega perto. Talvez entre o orgasmo e a morte. Por ali. Talvez. Não sei.
E não tem nome pra isso também. É só assim e pronto, acabou. De um jeito literalmente, de outros mais simplesmente.
Gente que não sabe como agir, gente que não tem coragem. É simples, só fazer e pronto. Está feito.
E garantia de mestre, é de realizar tudo. No melhor sentido de tornar real, de fazer se sentir de verdade.
E o mais estranho, o mundo parece vazio depois. O mundo parece cheio de nada. Nem ar. Muito menos ar. Você tenta puxá-lo pra dentro de você e ele não vem,ele foge de você.
Mas você está ali e a realidade bateu de frente, te machucando e te forçando a encará-la.
E é um baque que te cega.
Ou luz demais ou luz nenhuma.
E você nunca sabe o que encontrar quando seus olhos se acostumarem.