segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Procurando um bom título (mas que não seja repetitivo demais)

Aquela noite eu andava pela rua, sozinho, pensando na vida, quando senti aquela porcaria de telefone vibrar no meu bolso. Olhei o identificador de chamadas, ela. A última pessoa que eu queria falar e a única que eu tinha certeza que ligaria.
Alô.
O quê você quer? Seco.
Dizer que nunca importou, nunca valeu nada esperar. Senti o maldito gelo pelo bocal.
Acendi um cigarro. Ninguém na rua.
Você nunca se importou, nunca ligou pra nada, pra mim.
Foda-se.
É sempre assim, usa usa usa usa usa, joga no lixo.
Estômago revirou. Desliguei.
Maldita, sempre joga palavras ao vento e espera que eu colha todas a sua volta.
Rua. Vazia. Dor de estômago. Cigarro aceso.
Chego em casa. Portão. Porta. Sala. Sofá. Sono. Levanto. Banho. Cigarro. Cerveja. Deito.
Maldita. A culpa SEMPRE foi sua.
Injusto? Tá, foi minha também.
Não vou morrer por você. Só vou morrer por mim.
Uma noite. Enfim.
Não dormi.
Não vou falar as coisas que me deixam com o sangue preso na garganta. Não, não vou morrer.

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