sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Marlboro Lights.



Há algum tempo atrás eu achava que isso me faria bem.
Me faria esquecer do que eu tinha medo de enfrentar.
E tinha, tive, enfrentei.
Do jeito mais difícil e nada honesto, enfrentei.
Talvez fosse a 'liberdade' oferecida em comerciais na tevê.
Talvez fosse meu refúgio.
Hoje eu sei que foi covardia.
Tive medo muito tempo.
Escondi muita coisa.
Ultrapassei essa fase.
É algo que ainda me atordoa um pouco.
Uma outra face.
Meu 'lado negro'.

Não vai mais voltar.







Promessa é dívida.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Alta dose de anestésicos. Morfinas (1, 2 e 3). Não sinta. Não veja. Não morra.

Morfina I:

Essa onda única
Que assola minha mente
E se debate em contraponto
Aos meus desejos
Ao pensar que diantedos meus olhos.
Cuido para não ver
Não sentir o que sinto
E mentir sobre a dor
Fingir que ela se atenua.
Como morfina.
Entorpecer minhas artérias
Sem deixar o sangue pulsar
Vou tentar não olhar
Para olhar nos olhos frios
e te ver morrer em outros braços
Não vou mais me importar.
Como morfina. Dói.

Morfina II:

Tenho, às vezes
a impressãode que
minha dor
Se amortece longamente
Quando me sinto
sozinha.
Não vão me deixar sair
Um segundo sequer
E me afogar em comprimidos
E dormir para sempre.
Vou buscar no subsolo
uma luz para me guiar.
' - Vou lhe escreve, prometo!'
Mas me espera até hoje.

Morfina III:

Me faz correr, suar, mentir
Sinto minhas buchechas arderem
Dentro de mim, o sangue escorre
E não sinto a dor arder
No escuro que me perdi.
Eu corri. Fugi.
Você ficou. Olhando meus pés correrem
Apertou no peito, não doeu.
" - Eu vou voltar!" - Jurou meus lábios
Não eu.
Eu em mim não sentia nada.
Também não voltei.






Já não sinto mais nada.


((Ia postar outro texto, mas sem a imagem não faz sentido!))

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Mesmo que eu não tenha me mudado de casa nenhuma desde 2001, eu sinto, em cada mudança que eu 'ajudo' um certo sentimento escondido por trás do simples ato de carregar uma caixa.
Talvez seja a pura sensação de mudança, mas acho mais provável que seja um sentimento de abandono. Me senti assim quando deixei a casa que morei durante grande parte da minha infância e toda vez que passo por ela, sinto as mesmas sensações de quando morava ali, relembro muito. Está ai algo que dói. A lembrança. Dos lugares. Dos tempos. Mas esse assunto fica pra outra hora!
Me bateu uma saudade daquela casa... Enfim.
Qualquer que seja o tempo, a lembrança fica. Mesmo que só se tenha morado ali um ano ou dois, o que ali aconteceu é algo que não é 'apagável', e será sempre carregado!
Mude. Mudança recarrega um infinito de possibilidades. Mas tenha em mente que mudanças não apagam, não corrigem, apenas tornam mais passado o que já passou.

Abandonar nunca é fácil.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

My heart is an empty room.

((Velho texto. 2005 eu acho. Mas calha agora. E é um dos poucos antigos que eu gosto.))



Será que o tempo
Corrigiu os velhos erros
Mas sendo que nessa época
Erramos do mesmo jeito
Acho que não perdoei
Tudo que havia pra perdoar
Dos versos de perdão
Nenhuma desculpa
Mas se não me arrependo
De nada que fiz
Porque conviver com a culpa?
Porque ela nos faz arrepender
Da caixa de lembrança
Apenas uns papéis
Guardados do coração
De bom apenas um amor
Um passado
Mesmo que mal vivido
Um passado
Que está morto e enterrado

Uma missão: Corrigir os velhos erros.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Máscaras. Ao nosso redor.

Nem sempre é fácil.
Nem sempre é fácil saber.
Nem sempre é fácil acreditar.
Tantas e tantas pessoas ali,
colocando o pé na nossa frente
pra rir quando cairmos.
Tantas pessoas que confiamos,
ou julgamos confiar.
Rindo do nosso tombo.
Que se não temos alguém ali,
dando a mão pra gente se levantar,
curando nossas feridas.
Não temos forças, nem vontades.
Se não fosse a sua mão. Ali.
Não saberia o que é voar.

E sabe o que, tudo me leva até você.
De um modo ou outro...
sempre vou voar para o seu lado.
Mesmo que ali em baixo,
haja alguém sempre querendo nos fazer cair.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

The Dance Of Days


Trabalhando em um bom título (Mas que não seja repetitivo demais...)
Desde o principio.Dança Dos Dias foi ao que é bom nessa vida, tudo que ficou.E pra mim como única exclamação, poderia citar que essa música me diz tanto que nem sei como não tem o meu nome!No meu quarto, sob os mesmos dias... som ligado.. e ah, se essas paredes falassem.. diriam qual é o seu lugar? e eu responderia suburbia, 1986, vendo nas ruas, comerciais de cigarro. Mas, eu só quero evitar.Mas como sempre soube por onde estive... Tudo não passa de antítese. É... vai ver é assim mesmo... é a vida.. é um dia comum. Nada demais. Correção.. só pode ser, insônia. É alta a frequência que maquina minha mente e só penso nela como um carro bomba ou como dragões em guerra duelando em meu cérebro ou até talvez um macaco com navalha rasgando meus tímpanos.Tamanho é o que me faz pensar após instantes ouvindo o som... Libertando meus sentidos.Afinal, estou jogando pra perder, seguindo a stella maris a me dizer linda, a dor não é tão glamurosa assim afinal.É o que eu ganho, a vitória (ou coisa que o valha)...pelas minhas teorias de viver.
Essa banda. Há 4 anos eu conheço e cada dia, cada música me inspira a escrever muitas coisas! Eu postei esse texto no fotolog dia 28 de janeiro... no Dance Day. Mas não ganhei =(
'E na Dança dos Dias, quem manda somos nós.'
Aliás, Nenê Altro, o vocalista escreve assim.. MUITO! =)
confiram!

Nota: Preciso postar mais aqui!