quinta-feira, 15 de outubro de 2009


Quando o que eu mais acreditava era que tudo era

Eu acreditei por um segundo que nunca mais iria andar por ai novamente.

Me enganei profundamente.

Hoje minha vontade é andar por ai, sem nenhum destino,

Sem hora pra voltar, sem nada pra fazer.

Só por caminhar.

Sem acreditar em caminho, em destino.

predestinado,

Por algo ou alguém,

Sem fazer meu próprio caminho.

E eu não tinha a quem mostrar meus passos,

Agora eu tenho uma razão pra andar.

Por não acreditar em nada,

Em ninguém,

Não confiar na minha sombra.

Por achar que caminho, a gente faz sem razão nenhuma.

Razão, motivo, circunstância.

Só eu e mais ninguém,

Além da minha própria sombra.

Telefone nas mãos,

Verde ou vermelho novamente.

Hora de pular ou de atar os pés,

Afundando na lama ou correndo livre pela areia.

Corri tanto que meus dedos tremem,

Dos meus olhos escorre silêncio.

Da minha boca sai desatinos.

Hoje eu tenho noção de algo,

Ou de nada.

Depende do gosto do café,

Que me move e me molda.

Sempre uma desculpa,

Sempre um refúgio.

Lua, céu, mar,

Nada do que me importa realmente.

Nada que eu me importo mais.

Nada nem ninguém.

Nem eu mesmo.

Nem uma razão,

Um sentido,

Uma desculpa.

Um comentário:

Felipe disse...

Depois as pessoas não entendem o Forest Gump.
Mas sério. De uma forma bem literal, não tem nada melhor que uma corrida pra largar os problemas no suor.

Espero que tenhamos boas guinadas nas nossas vidas, Cris. E que deixemos de depender de desmerecedores para sermos felizes.

luck for us!