segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Muitas pessoas me esperam na areia.
Gritam pra eu tomar uma cerveja, comer um camarão.
Mas eu continuo andando.
Cada vez mais para o fundo.
Até as vozes sumirem.
E só o barulho do mar encostar em meus ouvidos.
A roupa pesa em meu corpo.
As ondas batem no meu rosto, fazendo minha respiração descompassar.
Sinto o salgado entrar na minha boca mesmo sem querer.
Me sento no que julgo ser a areia no fundo,
não fico mais que alguns segundos.
Levanto e respiro fundo.
Minha cabeça está vazia.
E nada me atrapalha.
Olho para o céu e penso em uma foto bonita.
Lavo o rosto.
Salgado.
Não está frio.
O sol não incomoda também.
É simples assim,
meu ritual.
Estou em paz.

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