quarta-feira, 30 de junho de 2010

A Copa do Mundo, as eleições de 2010, a crise na Europa e eu...




Existe um quadro de acontecimentos aleatórios e ao mesmo tempo complementares rodando o globo.
            A Copa do Mundo institui um sentimento de nacionalismo e/ou patriotismo em (quase) todo cidadão, não só brasileiro como de todo o mundo. Querendo ou não, o futebol ocupa a cabeça, “deixando de lado” as preocupações. Crises e eleições parecem menores diante da grandiosidade do Evento.
            Mas o que eu, Cristina, 19 anos, brasileira qual não dá tanta importância ao futebol, que nunca votou em um presidente e busca crescer em um mundo competitivo e concorrido, acho de tudo isso? Onde eu estou nesse labirinto de acontecimentos?
            Para um lado eu vejo promessas de um país melhor, para outro vejo investimentos exacerbados em futebol e ao mesmo tempo vejo o bloco global de mais desenvolvimento econômico em crise, justamente no setor financeiro. Em alguns momentos, vejo nisso tudo uma grande contradição e a Copa no meio, como um certo placebo para todos esses problemas.
            A Copa não vai resolver problemas econômicos, de saúdo ou educação, não vai fazer o povo lutar por seus direitos e nem fazer com que eles cumpram seus deveres como se deve. No entanto, para um povo que se vê rodeado de problemas durante sua vida, ter um motivo de orgulho para seu país, talvez seja bom.
            Eu, particularmente, quero que o Brasil alcance um prêmio maior que apenas a taça, quero que ele cresça, sem bases que fiquem na promessa, mas que passem para a ação, para que eu, Cristina, 19 anos, brasileira que não dá tanta importância ao futebol, que nunca votou em um presidente, viva e cresça em um mundo um pouco menos maniqueísta (no sentido de tantas disparidades que existem).




Ah, escrevi esse texto com o tema do título, em uma entrevista de emprego, algum tempo atrás.  Dessas ideias que surgem do nada e tomam forma em 5 minutos.

2 comentários:

Fabio Nasci disse...

Cristina,19 anos. Voçe sabe quais são as metas agora do "novo" presidente?

Fazer uma boa copa do mundo em 2014,depois ele ve o que faz com o resto do país,afinal, pra que se preoculpar com a fome? com o desemprego? crimininalidade, se o Brasil vai sediar uma copa. Ahh o bem publico é o de menos. BRASIL ! BRASIL ! "O grande puteiro do mundo"



Fabio Nasci. Desçedente de espanhol,brasileiro talvez.

Fah disse...

Mal de Teoria(s) essa coisa de idéias que surgem do nada né?
Eu me prometi que não faria nenhum protesto contra a copa do mundo e sua repercussão esse ano, mas não agüentei nem o primeiro jogo do Brasil, tive que criar um postzinho no fotolog falando sobre esse pseudo-nacionalismo que toma conta das pessoas de 4 em 4 anos.
E realmente, o pessoal meio que perde o foco nas outras coisas com eventos grandes e de entretenimento em massa, como a copa. Não digo que o pessoal seria mais centrado nas questões econômicas ou sociais se não houvesse a copa, ou futebol ou qualquer outra coisa assim, porque de uma forma ou de outra, o ser humano sempre arruma algo para se entreter que faça ele meio que “esquecer” de algumas coisas, a TV contribui, claro, mas isso vai de cada pessoa também, no meu modo de ver. Aquela coisa de “enquanto houver pão e circo, o povo estará entretido” – ok, o pão anda em falta em algumas minorias, mas quem liga pras minorias? Nem eu ligo – esse conceito de entretenimento é adotado desde épocas muito primitivas e vem sendo aperfeiçoada a cada dia que passa, algumas vezes por maquiavelismo e outras até inconscientemente por nós mesmo, a cada dia. Lembra dos eventos que existiam no Coliseu? Pois bem, naquela época o conceito já era esse mesmo.
Mas isso ocorre sempre Cris, pena que algumas vezes passam em branco. Plebiscito sobre desarmamento? Puffff bobagem! Essas coisas entre outras, são apenas para tirar atenção da imprensa e da sociedade à política, no caso, o escândalo do mensalão.
Odeio política, não por aquela coisa punk e tal, porque eu acho chato mesmo rs mas tem que se estar atento a algumas coisas assim e “entender” outras né?
Mas eu acho que se houvessem mais Pedros, Paulos, Fulanos, Luíses Inacios, Edsons Arantes e tantos outros Joões-ninguém, indigentes que ganham nome e titulo de eleitor a cada quatro anos que pensassem criticamente, ou o país mudava ou tudo parava. E eu acho que seria válido ao menos um dia assim de greve mútua. Um mal necessário. rs