quarta-feira, 11 de agosto de 2010

(Cena do filme 'Apenas O Fim', esse filme me afetou!)


Costume de ter dois pares de pegada.
Sempre.
Já não sei mais o som dos meus próprios passos.
E reconheço o valor do silêncio.
Dizer oi e só ouvir os ecos ao longe:
- Oi oi oi...
Reconheço o valor do eco.
Do simples.
E do eu.
Sorrir para o espelho
e ter meu tempo.
Meu próprio tempo.
Já não há mais validade nas palavras.
Meu silêncio.
E já não quero mais escutar.
Sempre tentamos.
Nunca aprendemos.
Tudo que um dia foi lei,
hoje é só papel rasgado.
Gasolina e queima.
Vira pó.
Dinheiro velho, sem valor.
Sem crédito.
Meus passos ecoam e eu ouço.
O valor do silêncio.
Palavras de renúncia,
treinadas em um palco vazio.
Melhor que platéia vazia.
Sem corpo e sem alma.
Sem olhar de vidro.
Apenas meus próprios passos.
E meu silêncio.
Meu.

Um comentário:

Anônimo disse...

Do silencio surgio uma das sensaçoes mais doçes da minha vida! do te silencio.