terça-feira, 16 de junho de 2009

Free?

Vocês que esperavam um texto ácido e crítico, lá vai.
Esse é meu trabalhinho de conclusão do Core Curriculum de Culturas, da faculdade, é como aulas de extensão sobre diversos temas. E no de culturas nós discutimos as diferenças entre culturas sob um olhar antropológico e o tema desse texto era ‘Convivendo com as diferenças’.

Na matemática, tudo é certo, tudo é exato, 2 + 2 = 4, subtração, soma, divisão, multiplicação. Tudo tem um sentido e uma razão. Não há mudança de um pensamento, apenas variáveis limitadas. O ser humano é o completo oposto da matemática, não sabe de onde veio nem pra onde vai, seus problemas não podem ser resolvidos com uma simples equação, nada é igual a nada (ninguém é igual a ninguém), nenhum pensamento é regrado (embora muitos humanos tentem padronizar uns aos outros, o fordismo aplicado à cérebros).


Dentro da sociedade, através dos séculos, o mundo passou por inúmeras mudanças. O “homem” (e as mulheres) manteve certos modos de ver o mundo, mudou muitos outros e criou ainda mais. Muitas culturas, diferentes, parecidas, nojentas pra uns, sagradas pra outros. Enfim, infinitas. Apesar de existirem tantas assim, muitas pessoas ainda tem um olhar centrado para a própria cultura, não enxerga além daquilo que lhes convém e do que é (relativamente) “comum” dentro da sua própria cultura (o dito etnocentrismo). Custando muitas vezes um preço muito alto por um egoísmo sem fundamentos.


Temos muitos exemplos de etnocentrismos no cotidiano, a homofobia por exemplo, vem de tempos antigos, por pensamentos arcaicos colocados na cabeça desde crianças, através da idéia de menininho gosta de carrinho e veste azul, menininha gosta de rosa e brinca de boneca, menininho não pode brincar de boneca, é feio. Menininha que brinca de carrinho é ‘maria homem’ e menino que brinca de boneca é ‘bichinha’. Ou mesmo o sexismo, por exemplo, hoje se ensina às crianças do sexo feminino à desde crianças que o trabalho doméstico é seu lugar, com brinquedos como vassourinhas rosas, fogõezinhos rosa, panelinhas rosas, geladeirinhas rosas, ferrinhos de passar roupa rosas. Porque não de outras cores para que os meninos brinquem também (não que não possa ter coisas rosas para meninos, mas como esse pensamento de que rosa = garotas já está enraizado, eles se sentem presos a esse paradigma), então temos até junções de preconceitos que se tornam mais fortes devido às mentes retrógradas.


Vivemos em um mundo teoricamente democrático, onde para uma boa imagem, somos iguais perante todos. Mas em um mundo que homossexuais são espancados, negros são mortos, animais tratados como objetos, não existe democracia e por mais direito de escolha que temos, há muitos obstáculos para um mundo realmente livre, muitas pessoas pensando como no nazismo, como no período de escravidão (mas abominando esses nomes e seus feitos).


Independentemente da origem, da forma como surgiu, quando surgiu, nenhuma cultura é melhor que a outra, é apenas uma questão de escolha, de livre arbítrio, de mente aberta à idéias novas, de saber se colocar no lugar do outro, mas acima de tudo, de respeito.

2 comentários:

voddy-de disse...

omg, wtf xD

muito bom.

onde q clica pra votar vc pra presidente? xDD

Fabio Nasci disse...

Cris? esse seu texto ta explendido, Bom Comentado sobre, eu acho que...
Cultura consta apenas nos livros de história,pq nós seres humanos não sabemos nada além do que nos é ensinado na escola e através desses livros...