segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Um momento por favor. E sem gelo, nem limão.







Algumas vezes a vida te dá porrada e você insiste em levar os socos diretamente na cara.
Algumas vezes você volta para revidar e as coisas parecem estar mais leves.
Algumas vezes você se sente como se nada fizesse sentido ou completasse o escuro.
Ou ninguém te olha na face ou você não encara o mundo.
Facilidade de viver ou dificuldade de se achar?
Vivo e procuro uma única história para me encaixar.
Um motivo ou razão para fingir que tudo tem um sentido.
Sem me sentir na necessidade de escolher encarar ou fugir.
Nem uma mão vazia vai segurar, nem um olhar sem razão vai sustentar.
O que de cheio já esteve e espera estar.
Correr.
Pular o precipício.
Sentir os pés alcançando a areia do outro lado.
Nenhuma música alcançará os tons desejados e chegará ao som perfeito,
se de fundo uma melodia barata, regada à bebidas e cigarros não estiver tocando, para inspirar.
Um silêncio profundo conspira e um olhar (que não é vazio) carrega o lugar.
Hora de saltar, de fugir e deixar de esconder o que se quer deixar no fundo e lá no fundo.
Nada que possamos evitar ou fingir que não está acontecendo.
Nada que com um truque barato de mágica, vire um pombo branco que voe para longe.
Ou um coelho branco velado dentro da cartola.
Não, os dialetos não serão mais os mesmos, não na mesma direção e velocidade.
Mas sem conclusão.
Um ponto, dois pontos e paramos no terceiro.
E paramos no terceiro.





2 comentários:

Felipe disse...

eu notei que fiquei olhando por muito e muito tempo para seu texto anterior.

Incrível como não consigo falar nada as vezes.

A reticência é uma das coisas mais legais da nossa língua. Ela é tão vaga sometimes, mas é o que melhor expressa o que não pode ser dito em palavras.

E realmente, a melancolia , os porres e as trilhas sonoras, seriam bem parecidas.

Danila Luna. disse...

ooooi criiis! hahaha :D
gosto daqui, é legal ver a sua evolução, tanto nos textos quanto nas fotos (:
beeeeeijo!