(Foto por: @AndrehSantos - Flickr aqui )
Plena Sé, oito horas da manhã.
Se sente uma sardinha morta, dentro da lata.
O sono bateu, mesmo depois de duas xícaras de café na padaria da esquina.
Colocou o fone no ouvido.
Porrada logo cedo.
Mas o sono continua.
Desce um, desce dois, mas o metrô continua lotado.
Gente com sono e cansada.
Gente folgada e gente aleatória.
Sardinhas de espécies diferentes.
Automaticamente, desce na próxima estação.
Sobe a escada.
Sobe a escada rolante.
Sobe a rua.
Entra no escritório.
Coloca o paletó na cadeira.
Pega mais um café.
O dia vem, o dia vai.
Tudo igual.
Piloto automático mode on.
Abre o livro:
Sua vida de trás pra frente:
O dia vai, o dia vem.
Joga o copo descartável no lixo.
Coloca de volta o paletó.
Desce a rua.
Desce a escada rolante.
Desce a escada.
Entra no vagão.
Sardinhas de espécies diferentes.
Gente aleatória e gente folgada.
Gente cansada e com sono.
Desce dois, desce um e o metrô vai esvaziando.
O sono volta depois de um tempo.
Nem ouve mais música.
Oito copinhos de café no expediente, mas o sono continua.
Se sente uma sardinha morta e extremamente cansada, dentro da lata.
Plena Sé, seis da tarde.
3 comentários:
WOW
mais um post fudido na conta da Cris. Puro, sem leite! rs
me fez lembrar da volta do show da Outs esse fds, claro, era um domingo de manhã (e bota manhã nisso) mas ainda assim tinha uma porção de gente indo trabalhar, eu acho. E me fez lembrar um pouco do meu “dia” que acaba nem sendo meu, e sim da empresa / faculdade. Mas enfim. E essa ultima frase me faz lembrar uma que ficam passando naquelas tevezinhas do metrô, sabe? Que fala algo tipo “vocês na Sé as Seis” rs algo assim, bem bolado!
o Cazuza cantava que os dias passavam de par em par.
Cá estou eu na minha dose diária de internet, pra logo depois sair correndo pro trabalho.
[2] mais um post fudido na conta da Cris;
:)
Não tomo o metrô. Tomo uma Kombi pra poesia diária de meu "maquino".
Criativo...
Bjos do TioGleisson
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