Passei ali, na rua São Luiz. Meu único ponto de vendas e procurei meus rapazes. Andei por toda a extensão que pude, uns três quarteirões, voltei. Só para garantir e nada. Atravessei a rua tentando encontrar do outro lado. Andei os mesmos três quarteirões e voltei, só para garantir. E nada. Meus rapazes tinham sumido.
Havia policiais andando por todos os lados, com sorrisos nos rostos. Tinham levado meus rapazes.
Entrei em desespero.
Transtornado, entrei em uma padaria e pedi logo uma cerveja. Plena segunda-feira, dez horas da manhã.
Sentei no banco mais distante do último cliente, queria distância. Tinham sumido com os meus rapazes.
E agora? Com quem e onde eu compraria? Não compraria.
Teria que passar a viver sem. Coisa não muito difícil nos tempos atuais. Mas eu estava viciado. Precisava dos meus rapazes pra comprar.
A cerveja descia rasgando a garganta, como se também precisasse disso pra me refrescar por dentro. Não tinha espírito, não tinha sentido algum.
Saí mais uma vez e parei olhando a rua, sem rumo algum. Porcaria de vício.
Saí mais uma vez e parei olhando a rua, sem rumo algum. Porcaria de vício.
Entrei na primeira “galeria” que encontrei e pedi um. O cara me olhou como se eu fosse um et, algo fora do mundo, desconexo. Sim, eu sei.
É, corações tamanho P tinham acabado pra mim e o meu já tinha passado do prazo de validade.
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