sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Para você (e eu sei que vai ler)

Você me conhece. Sabe recobrar todos os meus sentidos. Mesmo quando eu acho que não tenho ideia do que estou fazendo. O pulso a milhão, me ajuda a entender que preciso reduzir o ritmo sem criar expectativas. Mas você também sabe que na medida que pulsa forte e reanima, me acalma e me deixa em paz. É, vai entender.
Você sabe que tudo não passa de um teste, certo? Um teste que dura a vida toda. Suor, calafrios, lágrimas. É tudo parte desse teste que nos mata pouco a pouco.
E você pensa (e como pensa viu?!), coloca tudo em contas, mas nunca abre mão do mecanismo, do artificial.
Tenho vontade de sair correndo, feito sangue pelas veias e te sacudir e te mostrar como é ser real. Como é ser dor, ser pecado, ser mortal. Não ter limites de velocidade, não ter engrenagens e ser apenas livre.
Ai, você para e pensa ‘que loucura é essa?’, assim sou eu. Eu não sei mudar. E sei que você sabe que eu não sei. E não quero saber. E sabe porquê? Porque não ter limites me faz viver (sim, do mesmo jeito que me mata).

Hoje eu sou assim, mas não estou. Estar é um pouco efêmero.
Eu sou (eterno).
Enquanto pulsar minha última gota.



Your H.

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